terça-feira, novembro 18, 2008

www. monumentos.pt

Pois é...

Não é todos os meses que qui venho, venho aqui dizer algo quando acho que vale a pena, para bem ou para mal...

A Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais que feche a porta e que anuncie que fechou.

Explico:

0. Não me parece que façam algo...e será que o site funciona? só às vezes...serviço público? Não.

1. Comprei já faz uns anos um CD com o que era suposto ser a colecção dos Boletins da DGEMN. Logro, é um lixo, nem dá para imprimir um boletim, e só é compatível com alguns produtos afectos à empresa Microsoft e bastante obsoletos.

2. Alertei os senhores para que deviam disponibilizar os documentos num formato civilizado e universal, tipo pdf, ou html. Sem resposta.

3. Verifico que agora, o site nas raras alturas em que está acessível é incompatível com o browser Firefox, o qual tem de momento 16% do mercado (a estística e minha, constatada nos sites que tenho de gerir), já para não falar nos recém-chegados. É grave e remete os que procuram informação para o último browser da MS e atentemos, condições gráficas especiais (discriminador, anti-democrático).

É isto democracia? NÃO, fora com o governo que remete à nulidade todo os esforço feito desde 1935 na preservação do nosso património. Fora com eles, e mais os Magalhães e as negociatas. Ainda no outro dia tentei comprar à empresa que produz os ditos un portátil sem sistema operativo da côr pois uso Linux, sem resposta, já tenho o portátil proeniente da Inforlândia, felizmente nem todos estão encostados ao poder e ao fornecedor prevalente.
Somos nós que pagamos tudo isto, não hesitemos, fora com eles de imediato, nas eleições, a não ser que sejamos masoquistas. De que estamos à espera? Tudo é admissível, salvo o desprezo do nosso património arquitectónico e cultural. Até os ex-funcionários já sustentam blogues mordazes em relação à orientação superior...por sinal com os mesmos problemas de incompatibilidade atrás apontados, será coincidência?

quarta-feira, junho 25, 2008

O papel do voto em branco na Democracia Portuguesa...


Eu sou um firme adepto do voto em branco quando estou descontente e não me revejo em nenhum dos candidatos a uma eleição. Só não desenho lá o invicto Galo de Barcelos porque o voto seria anulado. Mas o resultado final é o mesmo. Votar em branco é apenas um exercício de estilo.


Enquanto a Constituição não consignar que a maioria de votos em branco numa eleição legislativa significa que os eleitores estao descontentes e que o resultado das eleições não pode ser considerado válido, dando poder ao Presidente da República para mandar repetir as eleições, não vamos a lado nenhum, e a abstenção subirá em flecha devido ao desânimo dos Portugueses.

Por isso preparei esta petição para lançar a discussão sobre este tema e atiçar os ânimos:

Está aqui!

Se acharem que eu tenho razão, assinem, a Democracia agradece! Talvez o calibre dos que nos governam melhore...

segunda-feira, junho 23, 2008

Marta Dias

No outro dia fui à procura da obra em CD duma cantora Portuguesa muito esquecida, a Marta Dias, a que canta no disco "guitarra e outras mulheres" do Chaínho.



Pois sabem que não encontrei...

Um, o "Yué", comprei-o nos Estados Unidos, e o esplêndido "Aqui" nem vê-lo, teve de ser cópia... Que vergonha, agora que as pequenas discotecas fecharam e só nos restam Fnacs, agora que as editoras Portuguesas fecharam e é tudo manobrado desde Espanha, para arranjar um CD dum artista Português é um inferno.

Ainda hoje ouvi um Sueco dizer na rádio que Portugal quando ele veio para cá em 91 estava muito atrasado, não havia centros comerciais, para comprar umas coisas para a casa perdia-se muito tempo, pois tinha de se ir a várias lojas da especialidade.

Pois é, mas havia o que se pretendia, tinha qualidade (as das grandes superficies são lixo), e havia trabalho, a economia mexia, mesmo em crise...

domingo, junho 22, 2008

Secla, que pena, mas é a Nação que se afunda...

Após um anúncio na televisão de que tinham sido distribuídos 200 000 computadores, ao abrigo de programas subsidiados e sabendo os Portugueses quem tem acesso aos concursos públicos, por quem e como eles são geridos, vem um prémio atribuível ao governo Sócrates:

A Secla, empresa fundada em 1944, vai fechar.

Ora, uma pequena reflexão diz-nos que se trata de uma empresa com um passado irrepreensível, a qual, longe de produzir algo que os outros já fizeram, sempre pugnou por inovar. Cito como exemplo o modelo Antoinette da ceramista Hansi Stael, que esteve em Portugal vários anos e trabalhou para a referida empresa. Deu origem entre outros à lavadeira, cuja imagem se pode ver abaixo, e que me orgulho de possuir, entre outras peças da prestigiada cerâmica.



vejam este link para terem uma ideia do que é a Secla.

Como outras, sob a pressão da concorrência estrangeira, trabalhando com qualidade e sem mercados enormes à partida que lhe permita rentabilizar investimentos, entrando o produto estrangeiro de parte terceira, leia-se chinês, nem sequer é da Comunidade Europeia, barato, não aguenta. Mas não há que ligar ao estoiro da economia Nacional. Pode-se continuar a carregar com impostos a Nação e as empresas que a fazem viver, já quase só restam as comerciais de capital estrangeiro que já compraram o que havia para comprar, porque as criadoras de riqueza já arriaram a carga como os bois quando o carro já não é suportável.
Os concursos públicos são na sua maioria uma lista de marcas e tipos, feitos para que alguém, encostado ao aparelho de estado tenha um lucro fácil e rápido. Uma queixa neste sentido efectuada à autoridade da concorrência (sim, escrevo em pequeno) se bem que confirmadamente recebida não teve sequer direito a resposta, apesar dos seus correligionários garantirem que tudo vai de vento em popa, e que a máquina está bem oleada (de facto está, para o fim em vista).

De que está à espera Sr. Primeiro Ministro para se demitir? Eu tenho vergonha de ser Português. Portugal já foi uma grande Nação, e Vª Exª, bem como os (des)governos que o precederam, alguns tendo mesmo primeiros-ministros que fugiram do País, destroem a Pátria abrindo as fronteiras aos vândalos e distribuindo benesses aos corruptos. Ao mesmo tempo atiram poeira aos olhos do povo distribuindo bolos a quem necessita de pão.

Sr. Primeiro-Ministro: Nunca vivi tão mal em Portugal como vivo agora, nem no tempo do Dr. Salazar. Vá lá, dê o exemplo, e olhe que eu sou daqueles das tecnologias de ponta, algo conhecido lá fora, e ignorado cá no burgo, e permita-nos eliminar os incompetentes que Vª Exª e os que o precederam têm no aparelho de estado, vendem o País ao estrangeiro a cada curva do caminho e me boicotam, a mim e à maioria dos Portugueses, à custa de impostos, de concorrência desleal dos boys e de excesso de estúpida e desnecessária legislação o exercício honesto da minha profissão...enquanto permitem tudo aos que importam o lixo estrangeiro. Demita-se e rápido, prefiro que vá para Primeiro-Ministro o Galo de Barcelos, tem concerteza uma verticalidade bem melhor que a conseguida por Vª Exª no exercício do cargo!

Nós não precisamos de governo da forma que nos querem governar, deixem-nos trabalhar, à Italiana, se for preciso, alijem a carga fiscal e párem com os acordos preferenciais com países terceiros e o alargamento selvagem da comunidade, que nós, a classe média trabalhadora, conseguimos. Dêm-nos tempo, que andámos a dormir à custa dos fundos comunitários tempo demais sem rumo, só para lucro dos vândalos que à custa deles enriqueceram.

Eu sei que o mercado é móvel, fecham umas e abrem outras, mas o dinheiro comunitário tem servido só para os grandes projectos (onde é tudo importado, só cá vêm explorar mão-de-obra barata) e para encher os bolsos aos ladrões. E há empresas que não são substituíveis, são PATRIMÓNIO, metam isso nas suas cabeças duras e corruptas.

Se bem que o estado não se deve substituir às empresas, deve acautelar condições de mercado que lhes permita funcionar.

Vão para o raio que vos parta, e para concluir, Secla, que pena, quem será o próximo (a fábrica Bordalo Pinheiro, a Vista Alegre, que já nem substitui peças partidas)...

Já agora, pensem nisto antes de entrar na loja do chinês...