terça-feira, maio 01, 2007

Sobre as normas e as directivas europeias...


Estamos cheios de leis que são meras transposições de directivas europeias. Para "ajudar" os Portugueses a cumprir tal legislação cria-se uma miríade de Institutos. Quando se telefona para um deles da parte da manhã para obter informações (leia-se, para, se se tiver muita sorte apanhar uma grande seca e ficar na mesma) é invariável que não está lá ninguém.

Esta gente que inutilmente oficia em tais castelos tem de ser paga. Tal sai, mais uma vez, do bolso do Contribuinte. Quandos as instituições Nacionais não chegam, importam-se as estrangeiras, género Fraunhofer e Tuv.

Enquanto a nossa indústria não tem dinheiro para pagar a todas estas sanguessugas institucionais (porque eles recebem e bem) o produto estrangeiro sem cumprir qualquer norma vai entrando fronteiras dentro porque os Portugueses são burros (até terem que vir para a rua porque têm fome, o que se espera que não venha a acontecer).

Enquanto isto também uns senhores com o sorriso nº 33 estampado na cara vão procedendo à lavagem de dinheiro em "empresas de capital de risco" que financiam coisas mirabolantes com subsídios a fundo perdido do Estado.

Enquanto isto são pedidos tenebrosos sacrifícios ao contribuinte, acenando-lhes com dom-sebastianismos tipo Ota e Tgv, com abortos à custa do Zé enquanto lhe retiram a possibilidade de um dos seus filhos nascer em Portugal pelo fecho do Centro de Saúde ou Hospital. É o ciclo do "endireita e cria riqueza", e de quando o povo quer mais vêm os outros e "toca a distribuir ao povo e aos da côr". Só que...já não há mais...

Enquanto um curso numa Universidade credível já não chega para determinadas exigências, sempre renovadas e actualizadas, há dúvidas fundadas sobre a credibilidade das habilitações de quem devia, acima de tudo, dar o exemplo.

Enquanto as empresas "certificadas" funcionam tão mal que devem ter obtido o diploma na Farinha Amparo,

Portugal lucrou em acordar com a abertura à Europa, mas tal custou, porque mal gerido, e porque o nosso mercado é pequeno, não se podendo nele diluir toda a maldita despesa da certificação, a morte de todo o nosso tecido produtivo. Hoje em dia só subsistem serviços, e agarrados a bons "padrinhos". O resto é turismo, deserto, e corrupção às claras.

E hoje como é 1º de Maio comemoro-o...a trabalhar.

Acorda Portugal!