terça-feira, outubro 24, 2006

Querem fechar o Museu de Arte Popular!

O edifício onde está instalado o Museu de Arte Popular é o único pavilhão que sobreviveu da Exposição do Mundo Português de 1940. Da autoria de Veloso Reis Camelo e João Simões, o edifício foi adaptado ao fim em vista pelo arquitecto Jorge Segurado, tendo o museu sido inaugurado em 1948.



Para a concretização do museu trabalharam vários artistas, como Tomás de Melo (Tom), Estrela Faria, Manuel Lapa, Eduardo Anahory, Carlos Botelho e Paulo Ferreira, tendo concebido pinturas murais temáticas das várias regiões representadas no espólio.

O museu está fechado há tempos e alberga uma colecção ímpar de arte popular distribuída por salas temáticas seguindo as divisões em províncias, desde modelos e vestiário a ourivesaria.




O património de um País não se apaga. O grande esforço feito nos anos do Estado Novo a conseguir uma nova identidade para as Artes Portuguesas, quer se discutam ou não os fins em vista, é inegável e merece ser preservado. Tentar desmantelar o Museu de Arte Popular, fazendo a colecção nele sediada perder a identidade e o contexto, é assim um acto inqualificável, assim como o é mantê-lo fechado.

Faça alguma coisa! Assine a petição da iniciativa das gentes da Companhia do Eu em:

http://www.petitiononline.com/MAP2006/petition.html

quinta-feira, agosto 24, 2006

O Norte e o Sul...


Olá...

Já há algum tempo que nada publicava, pois uma pessoa só deve abrir a boca quando tem algo para sair, senão podem entrar as moscas e é o demónio...

Finalmente por razões que se prendem com os meus entretenimentos tive de reaprender o que era a declinação magnética (diferença de posição angular entre o Norte geográfico e o Norte magnético (os gajos do Norte sempre tiveram várias facções...), coisa para a qual eu estava sensibilizado ( andei na escola, pois foi...e nesse tempo ensinavam-nos essas coisas) mas cujos pormenores já havia esquecido.

Nos finais dos anos 60 simplificava-se e dizia-se que esta era de 10º (W). Agora é de apenas 4º5' (W). Varia de 0.8' por ano.

E termos comuns isto significa que se um tipo agarrar numa bússola (bom, sem estar ao pé do carro, carago) e apontar o norte, enganou-se por 4º5' e terá de os contar no sentido dos ponteiros do relógio para obter o Norte geográfico (o berdadeiro!)

Inversamente se for o Sul que procura andará ao contrário, contra os sentido dos ponteiros do relógio para obter o Sul geográfico (os do Norte sempre andaram a revês dos do Sul, que são os Mouros, sabiam, e estãoe em extremos opostos, donde o que é a direita para uns é a esquerda para os outros e bice-bersa, é tudo uma questão de ponto de vista...)

Para obter referências tive de ir aos sites Franceses/Canadianos, porque quando se procura algo de científico é lá mesmo e como se trata do Norte/Sul cá do burgo o melhor é ir procurar informação isenta...

Bá, dibirtam-se...

quinta-feira, junho 15, 2006

Qual é a eficiência cá no burgo?

Muitas vezes ouvimos os outros e nós próprios dizer "estou assoberbado de trabalho".

A realidade é que nas pequenas e até grandes empresas sobra sempre algum trabalho inesperado para fazer (são sempre os mais qualificados que apanham com ele), e muitas vezes é trabalho que já devia estar feito e quando se conta com ele e se vai buscar, afinal ou não está feito ou tem de ser refeito, pois sem um polícia atrás de cada Português, nada fica como deve ser, e afinal trata-se de uma aproximação ao que devia ser.

O apelo do menor esforço e do "já está bom" sem afinal se ter duvidado de si próprio e verificado, apontando ciosamente as limitações que contém mesmo que já não haja tempo para melhor fazer, revelando-as honesta e frontalmente ao cliente, de modo a coligir uma lista de pendentes e melhorar na primeira oportunidade a fim de conseguir a satisfação do mesmo, resulta em constantes perdas de exercício e ineficiência.

Exemplo ilustrativo e concreto (pura fricção, ou não será?):

Um canalizador faz uma instalação de aquecimento central, como parte de um projecto mais abrangente, e não a testa metendo-a à pressão, não tendo contado também com o peso da água sobre os radiadores quando esta estiver cheia. Vai embora e como não havia um polícia especializado (fiscal de obra versado na matéria) dá-a como pronta. Na altura de encher vem e enche. As fugas aparecem estragando o chão de madeira. Como são várias e o dono de obra lhe lembra que é responsável e terá de pagar os prejuízos, abandona a obra, muito agastado. Claro que é preciso inspeccionar a rigor, e após uma inspecção rápida se chega à conclusão que é necessário re-fixar todos os radiadores pois estes não aguentam que alguém se sente lá em cima quanto mais com o peso da água. Um prévio enchimento a ar comprimido (como deve ser) faz rebentar uma meia dúzia de juntas supostamente "bem apertadas" e só após umas três semanas de trabalho de supostos não-peritos desviados das suas funções (pois o tempo urge), o sistema, supostamente pronto se encontra em afinal em fase de arranque, produzindo um substancial deslize dos prazos previstos, bem como o ruir como um castelo de cartas dos prazos das tarefas de que estavam incumbidos aqueles que tiveram à força de desviar a atenção para este novo problema, e a derrapagem financeira do projecto.

Dá para entender? É que aqui funciona-se assim em TODOS os domínios...incluindo os de mais alta tecnologia.

Vá, pensem nisto...

E assim a brigada de segunda linha é obrigada a trabalhar nos dias de descanso...